Assuma o controle dos seus hábitos
- Paulo Kendzerski
- 29 de mai. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2021
Por Carolina Russomanno

Um dos grande #sabotadores para não nos tornarmos mais #produtivos e #eficientes profissionalmente são os maus #hábitos. Maus hábitos que muitas vezes foram adquiridos na infância ou em fases da vida de grande estresse ou emocionalmente densas, onde buscamos formas de nos aliviarmos ou lidarmos com questões que as vezes não sabemos como. O terreno perfeito para hábitos se formarem.
A #consciência de parar para avaliar o que fazemos com frequência e não gostamos, pode dizer muito sobre nós mesmos mas, mais poderoso do que isto, é a partir daí decidir como lidar com estes hábitos e permitir ou não que eles levem as nossas vidas para o piloto automático. Na prática, o que irá fazer a diferença entre sermos #produtivos, #saudáveis, #eficientes, com #disposição etc é a #decisão de como lidar e transformar hábitos não bem vindos em algo #positivo.
Para mergulhar neste mundo, entre outros artigos e livros que eu li, o livro "O poder do hábito" me surpreendeu por trazer estudos sérios feitos nos últimos 20 anos pela MIT e Duke University, em relação ao hábito. Os estudos tinham como base entender como as pessoas que tem hábitos nocivos como fumar, beber, comer compulsivamente entre outros ou até mesmo empresas que se reinventaram por abandonar velhos hábitos de culturas depreciativas ou desleais; foram capazes de fazer isso na prática, transformando para sempre o rumo de suas vidas ou salvando empresas do desaparecimento.
Terei que pedir licença poética para explicar brevemente como funciona o hábito dentro do cérebro, importante para o entendimento futuro de como desarma-lo ;)
Os estudos dizem que pode ser classificado como hábito qualquer rotina ou comportamento repetitivo que tenha origem mental, emocional ou física que podem ser saudáveis ou não. O cérebro adora os hábitos porque eles são uma maneira de poupar esforços e energia, já que são estabelecidos e se tornam automáticos como rotinas diárias e com isso, o cérebro não precisa mais raciocinar na hora de executá-los. Assim, ele poupa esforços, o que é uma vantagem para que possa ser mais eficiente, gaste menos tempo se esforçando para fazer coisas básicas e tenha energia mental disponível de sobra para dedicar a coisas complexas (assim é o cérebro primitivo).
Mas, preservar o esforço mental também é algo complicado, porque ao se estabelecer estes mecanismos automáticos, podemos passar de forma desapercebida por coisas importantes, como atravessar em uma linha de trem sem pensar, por exemplo. Por isso, como o cérebro tem uma série de mecanismo de auto controle e eficiência, também contamos com os chamados gânglios basais, que são basicamente o nosso sistema inteligente para detectar quando deve ser permitido que hábitos assumam o controle ou não. Ou seja, são estes gânglios que armazenam os hábitos mesmo quando o resto do cérebro dorme.
Basicamente, o processo de aceitar ou não um hábito, acontece na forma de um looping em três estágios. Transcrevendo um trecho do livro
"...Primeiro há uma DEIXA que é um estimulo que manda o seu cérebro entrar em modo automático e indica qual hábito ele deve usar. Depois há uma ROTINA, que pode ser física, mental ou emocional. E por fim existe uma RECOMPENSA, que ajuda a saber se vale a pena memorizar esse loop para o futuro..." O poder do Hábito.
De forma simples um exemplo: sinto meus dentes sujos antes de dormir (DEIXA), escovo o dente (ROTINA) e sinto que os dentes estão limpos e uma sensação de bem estar (RECOMPENSA).
Assim, com o passar do tempo, temos em modo automático o processo DEIXA-ROTINA-RECOMPENSA-DEIXA que vai se entrelaçando e a vontade em sentir a recompensa, estabelece o hábito porque buscamos realiza-la. Ou seja, neste caso, não é mais possível dormir se não escovar os dentes e sinta a sensação de limpeza e bem estar.
O grande ganho de entender como os hábitos são estabelecidos e como funciona no cérebro este processo é que se pode assumir o #controle. O que é preciso fazer então é observa-los e classifica-los de acordo com sua #utilidade ou #benefício para a vida. E o que estas pessoas e empresas estudadas no livro fizeram para transformar o rumo das coisas, foi exatamente isto.
Ao identificar os que não são bem vindos e entender as DEIXAS, ROTINAS E RECOMPENSAS que os disparam, é possível frear os processos automáticos e #ressignifica-los, decidindo se queremos ignora-los (sinto fome mas, não vou comer o chocolate de sempre), #altera-los (em vez de colocar a função soneca 3 vezes, vou apenas colocar o despertador para tocar 1 vez e levantar da cama) ou #substituí-los por outra coisa (em vez de ficar todos os dias até muito tarde no escritório, vou me matricular a noite em algum esporte que me dê prazer).
Em detrimento ao que se acreditava no passado, a medicina e a psicologia evoluíram e já esta provado que ninguém esta fadado a ser o que sempre foi nem a ter os hábitos que sempre teve. O nosso cérebro é inteligente o suficiente para que possamos criar novas estruturas de hábitos e deixar para trás o que não nos fazem bem, basta ter consciência e decidir o que se quer fazer com eles.
Assumir novos comportamentos e hábitos saudáveis é possível, com #esforço, claro. O mais incrível é que, conforme são incorporados hábitos mais saudáveis, parece que o cérebro os reconhece e estende um tapete vermelho de boas vindas a eles.
E então, lendo este texto, que hábitos você identificou de devam ser transformados?
Mãos a obra! ;)


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